Sunday, January 20, 2013

CARNAVAL 2013 DE BETIM E REGIÃO: diversão sem abusos




CARNAVAL 2013 DE BETIM E REGIÃO: diversão sem abusos
O carnaval é uma época de comemoração, alegria e festa. mas, muitas pessoas acabam utilizando essa época para cometer abusos.

O consumo de bebidas alcoólicas é ainda mais comum nesse período e não é difícil encontrar pessoas embriagadas, tanto em eventos organizados, quanto nas ruas ou até mesmo no trânsito. O problema aumenta quando se considera o uso de outras drogas e por vezes, sexo sem proteção. Mas, para festejar, não é preciso se entorpecer. 

As alterações após a ingestão de álcool, associado ou não a outras drogas, de acordo com Moreira,  R. a ação do álcool no pré-acidente tem o seguinte encadeamento:

1. Psíquico – (Decisão)
– Desorganização e degradação do desempenho, aliado ao fraco julgamento.
2. Percepção
– Visão periférica prejudicada.
3. Psicomotricidade
– Prejuízo progressivo do controle dos movimentos corporais, chegando até à ataxia, que é uma dificuldade extrema de marcha e equilíbrio.

4. Reação
– Lentificação da resposta aos estímulos.

5. Sono
- Depressão do Sistema Nervoso Central.

1 – Dificulta a avaliação do acidentado pelo médico que presta atendimento, afetando a avaliação da:
– Resposta Motora
– Resposta Verbal
– Orientação
– Abertura Ocular
– Resposta à dor





























Jovens e festas: diversão sem drogas
entrevista com Regina Maria Faria Gomes, publicada na edição nº 412, novembro de 2010.

Regina Maria Faria Gomes
Psicóloga, servidora pública pela prefeitura de São Paulo, atuante no movimento de   mulheres.egomes1@gmail.com

Jovens e festas são uma mistura certa. Não ter amigos pode ser tão perigoso para a saúde como fumar ou consumir álcool em excesso, como diz um estudo de cientistas americanos, publicado recentemente. O que seria uma festa? Nada mais do que uma ruptura da rotina, de transição de espaços e comportamentos, como forma de destruição de um tempo velho e como forma de vislumbrar um novo, cheio de energia e força.
·         Existe uma relação próxima entre jovem e festa?
As duas palavras juntas emanam uma imagem positiva. Remetem-me à minha juventude, um lugar agradável, de encontros, de diálogo, de dança, de alegria, de trocas, de construção. Remete-me hoje aos jovens da cidade de Tiradentes, bairro no extremo Leste de São Paulo, que constroem sua historia através da cultura e arte, do teatro, do rap, hip hop, funk, das Conferências Lúdicas da Criança e do Adolescente, e mais recentemente do Conselho de Juventude.
·         A festa, então, é importante como lugar de socialização?
Com certeza, é uma das formas de socializar-se. A festa é um produto da realidade social e, como tal, expressa ativamente essa realidade, seus conflitos e suas tensões. Nesse sentido, podemos afirmar que a festa é o espaço de convivência social de múltiplas territorialidades. Não negando que a festa possa ser também um exagero da realidade, ou ainda uma transgressão, profanação, um espaço para a ilegalidade.
·         Que importância tem para o jovem a socialização através da festa?
Vale lembrar que os jovens vivem uma fase da vida na qual estão elaborando suas identidades, em um processo no qual a imagem de si, para os outros e para si mesmo, assume uma importância fundamental. A festa é um espaço que permite a possibilidade de inúmeras interações, com demarcação de identidades e estilos, visíveis na formação dos mais diferentes grupos, que nem sempre coincidem com aqueles que os jovens formam fora desse espaço das festas. A sociabilidade através das festas para os jovens parece responder às suas necessidades de comunicação, de solidariedade, de democracia, de autonomia, de trocas afetivas e, principalmente, de identidade, enquanto sujeitos sociais.
·         A relação festas juvenis, drogadização e bebidas é uma mistura inseparável?
O consumo de álcool é um assunto que envolve desde festas e comemorações ao perigo do abuso e da dependência. Não necessariamente as festas precisam ser regadas a bebidas e drogas. Segundo pesquisas, metade dos brasileiros admite beber com regularidade, sendo a idade média para o começar a beber de 12 anos e meio, mesmo que a lei só permita a venda de bebidas alcoólicas para maiores de 18 anos. Esse hábito costuma começar em casa, muitas vezes estimulado pelos próprios pais ou irmãos mais velhos. E quando chega a adolescência, período repleto de mudanças físicas, emocionais, sociais, a bebida pode tornar-se uma forma de ter novas experiências e testar limites.
·         Por que há elevados níveis de uso dessas substâncias?
Uma das explicações para o consumo do álcool é que ele não tem aparência de algo que faz mal. Ao contrário, nas propagandas o álcool é glamorizado, associado a sexo e mulheres bonitas, sucesso nas relações. Um segundo ponto que explica a atração pelo álcool e outras drogas, sejam elas legais ou ilegais, é a busca de soluções fáceis e respostas rápidas para as coisas. Nós desenvolvemos na sociedade a crença de que há uma solução química para tudo. Não devemos nos frustrar, ir à batalha ou à luta. Vamos atrás de um remédio que resolva qualquer coisa. Sabe-se, ainda, que em alguns grupos de jovens o padrão de beber muito ou de ?beber até cair? é quase uma regra. ?Pega bem? ser uma pessoa que exagera, que passa dos limites. Mas por que esse código passa a ser aceito por parte do grupo? Necessidade de afirmação? Pura diversão? Falta de controle? Falta de informação? São muitas as hipóteses. Precisamos ter clareza de que o álcool (como outras drogas) altera a capacidade de a pessoa avaliar o “tamanho do buraco” em que está se metendo.
·         Mas há muitos jovens, que mesmo tendo oportunidade, curtem as festas sem consumir drogas...
Um dos motivos que vejo para o não uso e abuso do álcool e outras drogas é a oportunidade que o jovem se dá de escolher e de ter autonomia sobre a própria vida, quando possui consciência do que é a substância química, seja o álcool ou outras drogas, incluindo aqui os medicamentos. Uma das atividades que realizei nos anos de 1990 com grupos de jovens, filhos de alcoolistas e meus dois filhos e um sobrinho, foi vivenciar junto com eles outras formas de prazer, de curtir a vida, de realizar festas, que temos à nossa disposição. Realizamos trilhas e caminhadas, com direito a banho de cachoeira, passeios a cavalo e Jipe. Eram encontros, festas, alegria, músicas, troca de experiências sem nenhuma substância química. Porém com diálogo franco e presença na vida de todos eles. Não há como escapar: por trás da curiosidade do jovem em relação ao álcool estão diversos valores sociais, como a ideia reforçada pela publicidade de que a bebida está associada ao poder, ao sucesso e à atração física. Faz-se urgente e necessária uma proposta sistemática de discussão do uso e do abuso de álcool e outras drogas de maneira honesta, sem fazer terrorismo ou falsas ameaças.
·         Como se dissemina o mercado e o consumo das drogas?
Lawrence Werner, num de seus estudos, pergunta: Como é que o consumo de álcool associado ao esporte não é percebido como uma ironia cultural?
A publicidade do álcool ligada aos esportes é contraditória, proporciona uma desejável relação com um estilo saudável, dinâmico e divertido de vida. Não há dúvida de que a mídia é a grande responsável por divulgar todas as marcas e potenciais qualidades das bebidas alcoólicas disponíveis no mercado. Afinal, realizar comerciais que atingem um público de dois bilhões de consumidores certamente é um negócio rentável. O uso comercial de nossa seleção por uma marca de cerveja, por exemplo, não é liberdade de expressão, é uma ironia, uma forma sofisticada de estimular a dependência do álcool desde a mais tenra idade. Não basta criar clínicas de tratamento, que são necessárias é bem verdade, mas temos que agir principalmente nas regras de mercado e de propagandas de incentivo ao uso e ao desencadeamento das dependências químicas.
·         Que atitude deve ter a família diante do filho usuário?
A família também necessita de informação correta sobre o uso e abuso do álcool. Isso é um fato a se considerar. Na média, quanto mais novo se entra em contato com o químico, maior a dificuldade de controle do quanto se bebe. A pressão e a aceitação do grupo, a autoestima e a necessidade de afirmação ajudam a explicar o que acontece com o jovem. Para tentar entender melhor por que o(a) jovem começa a beber tão cedo ou por que bebe de forma exagerada, pais e mães devem abrir o instrumento da escuta, do diálogo, da responsabilização de suas atitudes e escolhas. Se o jovem não estiver envolvido nessa reflexão, não há alternativas. Proibição ou tolerância são dois extremos. Acredito mais no caminho do meio.
·         E a escola, como pode lidar com essas situações?
Trabalhos de prevenção e de responsabilidade realizados na escola certamente ajudam. Mas o processo é bem mais amplo! Não cabe a nós continuarmos tendo uma visão simplista e superficial sobre esse assunto. Não se trata de desconsiderar os riscos e as complexidades bioquímicas do uso dessas substâncias, mas de abrir mais espaço para esse tipo de reflexão na discussão sobre o uso e abuso do álcool e outras drogas. Bebida alcoólica no Brasil é barata. A TV tem uma enxurrada de propagandas: cervejas e bebidas ?ice? já aparecem em oferta o dia inteiro. Para completar, comprar bebida não é complicado para os menores. A bebida alcoólica tem presença maciça nos acidentes de trânsito, e muitos remédios causam níveis altos de dependência. Entretanto não podemos imputar somente à escola a possibilidade de solucionar o problema. Ela é de fundamental importância nesse debate e entra como mais uma instituição na análise de uma solução multi-institucional. Sabemos também que devemos estar atentos e atuar em políticas contra o aliciamento de menores para o tráfico de drogas e a prostituição. Muitos destes fazem parte de empresas de organização de bailes. Eles se utilizam dos espaços da escola, e convidam os estudantes para participar das festas. Os meninos são aliciados para o tráfico de drogas e as meninas para a prostituição. As ?drogas? estão na sociedade e nas culturas. Portanto não podem ser entendidas fora delas. Pesquisadores, legislação, os meios de comunicação e as instituições devem levar em consideração a dimensão cultural do uso e abuso de álcool e drogas para cunhar políticas públicas mais eficazes e mais adequadas à realidade brasileira.
"A mudança na família exige escuta"
Vejo que ser pai e mãe é aventurar-se sempre. A principal ferramenta é o diálogo e a responsabilização pelos atos e escolhas desde a mais tenra idade. Percebo que a socialização dos jovens e a sua relação com a família têm sido alvos de debates que tendem a cair numa visão apocalíptica, de “fim dos tempos”, sobre o fracasso da família. Vejo também que a relação atual da juventude com a família é expressão de mutações profundas que vêm ocorrendo na nossa sociedade, interferindo na realidade social dos indivíduos, nos seus tempos e espaços.
As diferenças geracionais entre pais, mães e filhos são muito profundas. Nessa sociedade cada vez mais globalizada, a dimensão local se encontra articulada com a dimensão global, trazendo novos desafios para a relação entre pais, mães e filhos. Os adultos, especificamente os pais e as mães, não podem mais contar tanto com a sua experiência anterior como referência para lidar com os jovens. Quando o ser humano faz novas interrogações, os pais, as mães, a escola e seus profissionais também têm de se interrogar sobre qual é o seu papel nessa relação.
Parece que os filhos jovens, nas formas em que vivem a experiência das festas, estão nos dizendo que não querem tanto ser tratados como iguais, mas reconhecidos nas suas especificidades. Isso implica serem reconhecidos como jovens, na sua diversidade, um momento privilegiado de construção de identidades, de projetos de vida, de experimentação e aprendizagem da autonomia. Exigem de seus pais e de suas mães uma postura de escuta - para que se tornem seus interlocutores diante das crises, dúvidas e perplexidades da vida. Enfim, nos parece que demandam da família recursos e instrumentos que os tornem capazes de conduzir a própria vida em uma sociedade na qual a construção de si é fundamental para dominar seu destino.





Friday, January 18, 2013

CHECK OUT “PREVENTION OF DRIVING UNDER THE INFLUENCE OF ALCOHOL AMONG MEDICAL STUDENTS” (AMARAL, RICARDO ABRANTES DO )




CHECK OUT “Prevention of driving under the influence of alcohol among medical students” 
(Amaral, Ricardo Abrantes do )

ABSTRACT
INTRODUCTION: College students have higher rates of Driving Under the Influence of alcohol (DUI) and of heavy or last 30-days alcohol consumption than same age non-students. The main objective of this study was to evaluate the effectiveness of a Preventive Intervention (PI) related to these behaviors among university students of the Faculty of Medicine of the University of São Paulo (FMUSP), São Paulo City. A secondary objective was to translate and validate a questionnaire with the Protection Motivation Theory (PMT) in order to recognize cognitive aspects related to threat and coping appraisals process of the DUI behavior METHODS: The PMT was translated by the research team according to the World Health Organization methodology. The Validation Phase (VP), with a cross-sectional design, assessed FMUSP 2007 first-year students. At the Intervention Phase (IP) a follow-up study was conducted. FMUSP 2007 second-year students answered the PMT and the AUDIT, to assess the pattern of alcohol consumption, at baseline, just after PI, and one year later. At baseline, students were randomly selected to an intervention group (IG) or a control group (CG). The IG was submitted to five PI of 15 minutes each. The CG didnt receive any intervention. RESULTS: All of the first-year students attending to a lecture accepted to participate and answered the questionnaires (n = 63). Internal consistency of the PMT was satisfactory. At the IP, from 106 students attending to a lecture, 91 accepted to participate and answered the questionnaires, a response rate of 85.9%. Rates of DUI at baseline were 40.5% for the IG (n = 17/42) and of 38.8% for the CG (n = 19/49, p = 1.00). The multiple linear regression (MLR) showed that for the IG, increasing of AUDIT scores and lower perceptions of threat and coping appraisals for DUI prevention were strong predictors of intention to DUI (IDUI). For the CG increasing of AUDIT scores were predictive of IDUI. Comparison between baseline and one-year follow-up showed that just the IG had significant reductions of the mean AUDIT score (p = 0.012). At follow-up, DUI was reported by 45.4% and by 63.6% of IG and CG students, respectively (p = 0.027 comparing CG results from baseline and follow-up), and the IG showed reductions in IDUI. MLR at follow-up showed that increasing AUDIT scores predicted IDUI just among the CG. Relative Risk (RR) for DUI among IG was 4.3% higher than for the CG at baseline, meanwhile, at follow-up, CG reached a 28.6% higher RR for DUI. CONCLUSION: Reductions in the pattern of alcohol use and in the proportion of IDUI were suggestive of effectiveness of PI among FMUSP students

INTRODUÇÃO: Estudantes universitários apresentam frequências maiores de Dirigir sob efeito do álcool (DEA) e de uso pesado de álcool, assim como de uso nos últimos trinta dias, do que não-estudantes da mesma idade. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a efetividade da Intervenção Preventiva (IP) relacionada a esses comportamentos entre estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), da cidade de São Paulo. Este estudo teve como objetivo secundário a tradução e a validação do Questionário baseado na Teoria de Proteção e Motivação (QPMT) para identificar aspectos cognitivos relacionados à avaliação de ameaças e de adaptação quanto ao DEA. MÉTODOS: O QPMT foi traduzido pela equipe técnica de acordo com metodologia da Organização Mundial da Saúde. A etapa de validação (EV), com desenho de estudo transversal, ocorreu entre estudantes do 1º ano da FMUSP/2007. Na Etapa de Intervenção (EI), o desenho do estudo foi o de seguimento. Estudantes do 2º ano da FMUSP/2007 responderam o QPMT e o AUDIT, para avaliação do padrão de consumo de álcool, no tempo zero (T0), no tempo um (T1) logo após as IP, e após um ano, no tempo dois (T2). Em T0, os estudantes foram divididos por sorteio em dois grupos, o grupo de intervenção (GI), que recebeu cinco IP de 15 minutos cada, e grupo controle (GC), que não recebeu IP. RESULTADOS: Todos os estudantes presentes à aula aceitaram participar da EV e responderam os questionários (n = 63). A consistência interna do QPMT foi satisfatória. Na EI, entre 106 estudantes presentes à aula, 91 concordaram em participar e responder os questionários, índice de resposta de 85,9%. Com relação ao DEA 40,5% dos estudantes do GI (n = 17/42) e 38,8% do GC (n = 19/49) referiram o comportamento, em T0 (p = 1,00). A regressão linear múltipla (RLM) demonstrou que, para o GI, aumentos na pontuação do AUDIT e menor percepção de ameaças e de respostas adaptativas para o DEA tiveram efeito preditivo na frequência da intenção de DEA (IDEA). Para o GC, apenas aumentos nas pontuações do AUDIT foram preditivos de maior IDEA. Quando comparados T0 e T2, apenas o GI apresentou redução significativa da média do AUDIT (p = 0,012). Em T2, o DEA foi referido por 45,4% dos estudantes do GI e 63,6% do GC (p = 0,027, comparando o GC entre T0 e T2) e o GI apresentou redução na IDEA. Na RLM em T2, aumentos na pontuação do AUDIT foram preditivos para a IDEA apenas para o GC. O Risco Relativo (RR) para o DEA foi 4,3% maior no GI do que no GC em T0, enquanto na avaliação em T2, o GC teve um RR 28,6% maior. CONCLUSÃO: Reduções no padrão de consumo de álcool e na proporção de IDEA são sugestivos de efetividade da IP em estudantes da FMUSP

kEYWORDS:
 Alcohol drinking
Automobile driving
Effectiveness
Primary prevention
Secondary prevention
Students medical

RESUMO EM PORTUGUÊS

INTRODUÇÃO: Estudantes universitários apresentam frequências maiores de Dirigir sob efeito do álcool (DEA) e de uso pesado de álcool, assim como de uso nos últimos trinta dias, do que não-estudantes da mesma idade. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a efetividade da Intervenção Preventiva (IP) relacionada a esses comportamentos entre estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), da cidade de São Paulo. Este estudo teve como objetivo secundário a tradução e a validação do Questionário baseado na Teoria de Proteção e Motivação (QPMT) para identificar aspectos cognitivos relacionados à avaliação de ameaças e de adaptação quanto ao DEA. MÉTODOS: O QPMT foi traduzido pela equipe técnica de acordo com metodologia da Organização Mundial da Saúde. A etapa de validação (EV), com desenho de estudo transversal, ocorreu entre estudantes do 1º ano da FMUSP/2007. Na Etapa de Intervenção (EI), o desenho do estudo foi o de seguimento. Estudantes do 2º ano da FMUSP/2007 responderam o QPMT e o AUDIT, para avaliação do padrão de consumo de álcool, no tempo zero (T0), no tempo um (T1) logo após as IP, e após um ano, no tempo dois (T2). Em T0, os estudantes foram divididos por sorteio em dois grupos, o grupo de intervenção (GI), que recebeu cinco IP de 15 minutos cada, e grupo controle (GC), que não recebeu IP. RESULTADOS: Todos os estudantes presentes à aula aceitaram participar da EV e responderam os questionários (n = 63). A consistência interna do QPMT foi satisfatória. Na EI, entre 106 estudantes presentes à aula, 91 concordaram em participar e responder os questionários, índice de resposta de 85,9%. Com relação ao DEA 40,5% dos estudantes do GI (n = 17/42) e 38,8% do GC (n = 19/49) referiram o comportamento, em T0 (p = 1,00). A regressão linear múltipla (RLM) demonstrou que, para o GI, aumentos na pontuação do AUDIT e menor percepção de ameaças e de respostas adaptativas para o DEA tiveram efeito preditivo na frequência da intenção de DEA (IDEA). Para o GC, apenas aumentos nas pontuações do AUDIT foram preditivos de maior IDEA. Quando comparados T0 e T2, apenas o GI apresentou redução significativa da média do AUDIT (p = 0,012). Em T2, o DEA foi referido por 45,4% dos estudantes do GI e 63,6% do GC (p = 0,027, comparando o GC entre T0 e T2) e o GI apresentou redução na IDEA. Na RLM em T2, aumentos na pontuação do AUDIT foram preditivos para a IDEA apenas para o GC. O Risco Relativo (RR) para o DEA foi 4,3% maior no GI do que no GC em T0, enquanto na avaliação em T2, o GC teve um RR 28,6% maior. CONCLUSÃO: Reduções no padrão de consumo de álcool e na proporção de IDEA são sugestivos de efetividade da IP em estudantes da FMUSP


Tesis Doctoral
Documento
Autor
Nombre completo
Ricardo Abrantes do Amaral
Dirección Electrónica
Instituto/Escuela/Facultad
Área de Conocimiento
Fecha de Defensa
Publicación
São Paulo,2010
Director
Tribunal
Andrade, Arthur Guerra de (Presidente)
Cordas, Taki Athanassios
Cunha, Paulo Jannuzzi
D'Elia, Gilberto
Leyton, Vilma
Título en portugués
Prevenção do dirigir sob efeito de álcool entre estudantes de medicina
Palabras clave en portugués
Condução de veículo
Consumo de bebidas alcoólicas
Efetividade
Estudantes de medicina
Prevenção primária
Prevenção secundária
Resumen en portugués
INTRODUÇÃO: Estudantes universitários apresentam frequências maiores de Dirigir sob efeito do álcool (DEA) e de uso pesado de álcool, assim como de uso nos últimos trinta dias, do que não-estudantes da mesma idade. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a efetividade da Intervenção Preventiva (IP) relacionada a esses comportamentos entre estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), da cidade de São Paulo. Este estudo teve como objetivo secundário a tradução e a validação do Questionário baseado na Teoria de Proteção e Motivação (QPMT) para identificar aspectos cognitivos relacionados à avaliação de ameaças e de adaptação quanto ao DEA. MÉTODOS: O QPMT foi traduzido pela equipe técnica de acordo com metodologia da Organização Mundial da Saúde. A etapa de validação (EV), com desenho de estudo transversal, ocorreu entre estudantes do 1º ano da FMUSP/2007. Na Etapa de Intervenção (EI), o desenho do estudo foi o de seguimento. Estudantes do 2º ano da FMUSP/2007 responderam o QPMT e o AUDIT, para avaliação do padrão de consumo de álcool, no tempo zero (T0), no tempo um (T1) logo após as IP, e após um ano, no tempo dois (T2). Em T0, os estudantes foram divididos por sorteio em dois grupos, o grupo de intervenção (GI), que recebeu cinco IP de 15 minutos cada, e grupo controle (GC), que não recebeu IP. RESULTADOS: Todos os estudantes presentes à aula aceitaram participar da EV e responderam os questionários (n = 63). A consistência interna do QPMT foi satisfatória. Na EI, entre 106 estudantes presentes à aula, 91 concordaram em participar e responder os questionários, índice de resposta de 85,9%. Com relação ao DEA 40,5% dos estudantes do GI (n = 17/42) e 38,8% do GC (n = 19/49) referiram o comportamento, em T0 (p = 1,00). A regressão linear múltipla (RLM) demonstrou que, para o GI, aumentos na pontuação do AUDIT e menor percepção de ameaças e de respostas adaptativas para o DEA tiveram efeito preditivo na frequência da intenção de DEA (IDEA). Para o GC, apenas aumentos nas pontuações do AUDIT foram preditivos de maior IDEA. Quando comparados T0 e T2, apenas o GI apresentou redução significativa da média do AUDIT (p = 0,012). Em T2, o DEA foi referido por 45,4% dos estudantes do GI e 63,6% do GC (p = 0,027, comparando o GC entre T0 e T2) e o GI apresentou redução na IDEA. Na RLM em T2, aumentos na pontuação do AUDIT foram preditivos para a IDEA apenas para o GC. O Risco Relativo (RR) para o DEA foi 4,3% maior no GI do que no GC em T0, enquanto na avaliação em T2, o GC teve um RR 28,6% maior. CONCLUSÃO: Reduções no padrão de consumo de álcool e na proporção de IDEA são sugestivos de efetividade da IP em estudantes da FMUSP
Título en inglés
Prevention of driving under the influence of alcohol among medical students
Palabras clave en inglés
Alcohol drinking
Automobile driving
Effectiveness
Primary prevention
Secondary prevention
Students medical
Resumen en inglés
INTRODUCTION: College students have higher rates of Driving Under the Influence of alcohol (DUI) and of heavy or last 30-days alcohol consumption than same age non-students. The main objective of this study was to evaluate the effectiveness of a Preventive Intervention (PI) related to these behaviors among university students of the Faculty of Medicine of the University of São Paulo (FMUSP), São Paulo City. A secondary objective was to translate and validate a questionnaire with the Protection Motivation Theory (PMT) in order to recognize cognitive aspects related to threat and coping appraisals process of the DUI behavior METHODS: The PMT was translated by the research team according to the World Health Organization methodology. The Validation Phase (VP), with a cross-sectional design, assessed FMUSP 2007 first-year students. At the Intervention Phase (IP) a follow-up study was conducted. FMUSP 2007 second-year students answered the PMT and the AUDIT, to assess the pattern of alcohol consumption, at baseline, just after PI, and one year later. At baseline, students were randomly selected to an intervention group (IG) or a control group (CG). The IG was submitted to five PI of 15 minutes each. The CG didnt receive any intervention. RESULTS: All of the first-year students attending to a lecture accepted to participate and answered the questionnaires (n = 63). Internal consistency of the PMT was satisfactory. At the IP, from 106 students attending to a lecture, 91 accepted to participate and answered the questionnaires, a response rate of 85.9%. Rates of DUI at baseline were 40.5% for the IG (n = 17/42) and of 38.8% for the CG (n = 19/49, p = 1.00). The multiple linear regression (MLR) showed that for the IG, increasing of AUDIT scores and lower perceptions of threat and coping appraisals for DUI prevention were strong predictors of intention to DUI (IDUI). For the CG increasing of AUDIT scores were predictive of IDUI. Comparison between baseline and one-year follow-up showed that just the IG had significant reductions of the mean AUDIT score (p = 0.012). At follow-up, DUI was reported by 45.4% and by 63.6% of IG and CG students, respectively (p = 0.027 comparing CG results from baseline and follow-up), and the IG showed reductions in IDUI. MLR at follow-up showed that increasing AUDIT scores predicted IDUI just among the CG. Relative Risk (RR) for DUI among IG was 4.3% higher than for the CG at baseline, meanwhile, at follow-up, CG reached a 28.6% higher RR for DUI. CONCLUSION: Reductions in the pattern of alcohol use and in the proportion of IDUI were suggestive of effectiveness of PI among FMUSP students

Ficheros
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Fecha de Publicación
2011-02-02

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Monday, January 14, 2013

CONFIRA "PARE, PENSE E MUDE: PARADA - PACTO NACIONAL PELA REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO"






A Assembléia Geral das Nações Unidas, através de Resolução A/64/L44, publicada no dia 02 de março de 2010, proclamou o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança Viária".
A resolução recomenda aos países membro a elaboração de um plano diretor para guiar as ações nessa área no decênio, tendo como meta de estabilizar e reduzir os acidentes de trânsito em todo o mundo e foi elaborada com base em estudos da Organização Mundial de Saúde que estimou, em 2009, cerca de 1,3 milhões de mortes por acidente de trânsito em 178 países. De acordo com os estudos da OMS o Brasil aparece em 5º lugar entre os países recordistas em acidentes de trânsito precedido pela Índia, China, EUA e Rússia.
Em atendimento à recomendação da Organização das Nações Unidas o ministro das Cidades, Mário Negromonte e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançaram dia 11 de maio de 2011 o Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito - Um Pacto pela Vida, que tem como objetivo de buscar o engajamento dos poderes executivo, legislativo e judiciário, nos três níveis de governo, e da sociedade civil na redução dos acidentes e violência no trânsito.
Um dos principais objetivos do Pacto Nacional é a construção do Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020.
Nesse sentido, o Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz no Trânsito, instituído pelo Decreto Presidencial de 19 de setembro de 2007, reuniu-se para discutir e elaborar uma proposta preliminar do plano brasileiro. Essa proposta apresenta um conjunto articulado de medidas intersetoriais, através das quais se estabelecem ações, metas e cronogramas de execução, visando a redução de acidentes e mortes no trânsito.